Poemas de Álvaro Campos

ISBN: 9789899877993
Col·lecció: POESIA
Autor: Fernando Pessoa
Editorial: DUMBRIO EDITORA

Classe: LIBROS

Idioma: POR
Enquadernació: OTRO FORMATO LIBRO
Pàgines: 160
Termini d'entrega: 5 Dies
https://indexbooks.es/web/image/product.template/281512/image_1920?unique=6ff04b9
(0 revisar)

14,19 € 14.19 EUR 14,94 €

14,94 €

Not Available For Sale

    Aquesta combinació no existeix.

     

    Entre todos os heterónimos, Álvaro de Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes. Houve três frases distintas na sua obra. Começou a sua trajectória como decadentista (influenciado pelo Simbolismo), mas logo adere ao Futurismo: é a chamada "fase sensacionista", em que produz, com um estilo assemelhado ao de Walt Whitman (a quem dedicou um poema, "Saudação a Walt Whitman"), versilibrista, jactante, e com uma linguagem eufórica onde abundam as onomatopeias, uma série de poemas de exaltação do mundo moderno, do progresso técnico e científico, da industrialização e da evolução da humanidade. Nesta primeira fase, Álvaro de Campos foi influenciado por Marinetti, o fundador do futurismo. Após uma série de desilusões e crises existenciais, a sua escrita assume uma expressão niilista ou intimista, conhecida como "fase abúlicólica", assemelhando-se bastante, sobretudo nas temáticas abordadas, à obra do Pessoa ortónimo. A desilusão do mundo em que vive, a tristeza, o cansaço ("o que há em mim é sobretudo cansaço", assim começa um dos seus mais famosos poemas) leva-o a reflectir, de modo assaz saudosista, sobre a sua infância, passada na «velha casa»: infância arquetípica, de uma felicidade plena, é o contraponto ao seu presente. Uma fase caracterizada pelo cansaço e pelo sono que se denota bastante no poema pessimista Dactilografia.No poema Aniversário Álvaro de Campos compara a sua infância, "o tempo em que festejava o dia dos meus anos" com o tempo presente, em que afirma "já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias". Este é talvez o exemplo mais acabado - e mais conhecido - dessa mitificação da infância, por contraste à tristeza e descrença do poeta no presente.