Poesia melódica e musical, aceitando como iguais e metades de uma mesma moeda tanto a negritude do desânimo e do sofrimento como a luz da esperança presente em cada ser vivo, em cada pedaço da mãe natureza. Poesia de alguém que calcorreou montes e pisou a terra, bebendo nos ares a poesia dos outros para enfim poder chegar à sua, uma poesia na linha dos grandes poemas que embelezaram a nossa alma e a nossa literatura, como a "Balada da neve", de Augusto Gil, que logo vem à mente do leitor. Uma poesia donde brota uma rima tão natural como a sede, embalando um bucolismo e uma saudade de nós tão sinceras como o riso e o choro da criança.