"«Agrada-me o poema contínuo: a ideia de um poema levar o testemunho a outro poema e ocupar a sua posição, sem falhar a ligação até última página»Fernando Esteves Pinto O autor escreve «no sentido de que o poema esteja vinculado a um exame ou deliberação da linguagem que serve de base razão, isto é, o poema é orientado no sentido racional e nunca emocional. No purismo poético não há linguagem de emocionar. Pelo contrário, há uma tentativa de valorizar a purificação do poema. A poesia é um arame inquebrável que o poeta molda incessantemente. Mas dito assim parece tudo muito técnico e estudado. No entanto, a estrutura do poema é que resulta de um estudo, porque o poema em si (tudo o que possa transmitir ao leitor) é da ordem do purismo. Da ordem da existência real.»Deste modo, Fernando Esteves Pinto pretende evidenciar o conceito de Purismo na sua poesia, retomando uma tendência anteriormente atribuída pintura, através de um movimento fundado por Amédée Ozenfant, pintor e escritor, e Charles Edouard Jeanneret, em 1918. Este seu projecto enquadra-se numa obra contínua, do qual já foram escritos 7 livros de poesia desde 2016, tendo sido já publicados Humanidade, Arte Humana e Coreografias da Linguagem."