Apesar da cozinha ser desde sempre um local que funcionou como centro de toda a conviviabilidade do lar o interesse sobre este espaço, ao contrário do que aconteceu com a alimentação e as receitas, nunca foi alvo de estudo. Neste livro avalia-se a evolução desta, desde a Idade Média até ao presente, passando por modelos variados, como a cozinha americana e a sueca, que permitiam uma mais fácil comunicação da dona de casa com a família. Em muitos países foi já feita a recuperação das áreas de serviço, restituindo-lhes a importância que deviam ter, e tornando compreensível a vivência da casa como um todo e em muitas situações é um local de interesse nas visitas, como acontece em muitos palácios. Em Portugal têm sido destruídas muitas cozinhas, mas felizmente existem ainda alguns casos, especialmente no Norte, em que as famílias conservam com orgulho as cozinhas primitivas inalteradas. Por regiões mostram-se vários exemplares que se consideram. No último capítulo procura-se estabelecer uma relação entre o espaço cozinha e o tipo de alimentos aí confeccionados. Do mesmo modo, as modas e a evolução dos hábitos levaram a que se provocassem alterações no espaço onde se confeccionam os alimentos. Em pleno século XXI restringe-se o papel do arquitecto e as marcas de cozinha tomam, tal como acontece noutros campos, uma importância capital.