Ilda Figueiredo, deputada no Parlamento Europeu há 12 anos, militante do Partido Comunista Português, desde Abril de 1974, e membro do seu Comité Central. É, em boa verdade, uma das personalidades que despoletou o interesse do autor em «radiografar» todo o percurso, que vem desde a infância e a adolescência, passando pelas motivações da política, as influências, os exemplos, as prioridades, o relacionamento com a família e os amigos, e como vê, entre outras, muitas questões, o futuro do seu partido, do País, da Europa e do Mundo. É um diálogo, em forma de entrevista, que se prolongou por muitas e muitas horas, por muitos e muitos dias, onde Ilda Figueiredo, inquestionavelmente uma das mulheres que mais se tem destacado, nos últimos anos, na classe política portuguesa e europeia, quer como autarca, quer como deputada na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, aceitou e, em alguns casos, pela primeira vez, falar de si, das suas preocupações, dos seu desejos e da sua intensa caminhada política. Esteve e está na linha da frente dos principais palcos da vida política nacional e europeia, envolvendo-se, directamente, num infindável número de lutas, em épocas conturbadas, que só se combatem se alicerçadas em grandes convicções, munida de um grande espírito de coerência, de determinação e, porque não dizê-lo, de grande coragem.