Só resta o que fica escrito / nas margens do rio fluindo, / no leito do rio que corre / - assim inicia José António Vera de Azevedo o seu livro de poemas que a Colibri acaba de publicar. Mais um livro - o quarto do autor - cujo título sugere a ideia central. A vida vivida, na metáfora do rio que flui, apenas deixa despojos nas margens que o estreitam, esses sim, alimento e matéria com que se constrói(em) a(s) memória(s).