Dá para perceber claramente que o jogo político e econômico mundial está mudando. Durante muitos anos, desde o final da Segunda Guerra Mundial, os EUA tinham todo o dinheiro - e, consequentemente, todo o poder. Agora, eles estão sem dinheiro para seus próprios gastos e, em grande medida, o poder sempre segue o dinheiro. Em O Fim da Influência, os renomados analistas econômicos Stephen S. Cohen e J. Bradford De Long exploram as graves consequências que essa perda de poder trará para o cenário internacional e, é claro, para os EUA, que, na visão deles, não serão mais a superpotência onipotente e global. Assim sendo, os EUA deixarão de exercer seu poder cultural ou ditar sua monolítica política internacional. Mais prejudicial, porém, é, na visão dos autores, o golpe à capacidade do mundo em inovar econômica, financeira e politicamente. Cohen e DeLong também exploram a relação complicada com a China, o papel incompreendido dos fundos soberanos, e o retorno de capitalismo submetido ao intervencionismo estatal. Trata-se de leitura essencial para qualquer pessoa interessada em saber como economia e finanças globais interagem com a política. O Fim da Influência explica, em um texto simples e extremamente fluido, as consequências de longo alcance e potencialmente duradouras, mas pouco notadas, da grande crise fiscal para o cenário mundial.