Transparência é um estado de algo que, ao exprimir-se, ou ao mostrar-se, permite, todavia, devido sua limpidez congénita, revelar aquilo que está além e por detrás daquilo que aparentemente se mostra primeira vista. Ser e Existência são ônticamente velados, enquanto partes incindíveis do Todo, mas podem vir a dar-se a conhecer graças ao olhar lúcido do verdadeiro iniciado. Arautos das mais diversas espiritualidades, nomeadamente, Lao Tseu, Buda, Jesus, Shankara, Confúcio e Maomé, vieram tentar reanimar o esquecido sentimento de pertença (religação) não só em relação unidade comunitária mas também própria Unidade Primordial. Alguns destes modestos poemas dão conta dos estados de espírito do autor, não só enquanto viajante no exterior e no interior de tais espiritualidades, mas também como crítico atento da hipocrisia que, actualmente, governa o mundo