\\\"Para educar as crianças é necessário amá-las. As escolas devem ser o prolongamento dos berços. Por isso os grandes educadores, como Froebel, tem uma espécie de virilidade maternal. O leite é o alimento do berço, o livro o alimento da escola. Entre ambos devera existir analogia: pureza, fecundidade, simplicidade. Livros simples! Nada mais complexo. Nao sao os eruditos gelados que os escrevem;sao as almas intuitivas que os adivinham. Este livro, em parte, está nesse caso. Reuni para ele tudo o que vi de mais singelo, mais gracioso e mais humano. E um ramo de flores, mas nao de flores extravagantes, com coloridos insensatos e aromas venenosos e diabólicos. Para o compor nao andei por estufas;andei pelos campos, pelas sebes frescas e orvalhadas, pelos trigais maduros onde riem as papoilas, pelas encostas vestidas de pampanos, e pelos arvoredos viçosos e fragrantes, cobertos de frutos, mosqueados de sol e estrelados de ninhos. E um ramo de florinhas candidas, que as maes, à noite, deixarao sem temor na cabeceira dos berços.\\\\\\\\\\\\\\\"