Metamorfose e Construção da Identidade na Colectânea de Contos de José Leite de Vasconcellos

ISBN: 9789896892241
Colección A IELTSAR SE VAI AO LONGE
Autor: Teresa Castro
Editorial: EDIÇOES COLIBRI
Publicado: 2.015
Clase: LIBROS

Idioma: POR
Encuadernación: OTRO FORMATO LIBRO
Páginas: 1
Plazo de entrega: 5 Días
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    «A Literatura Tradicional e Oral, em particular os contos, é um filão ainda, em grande parte, por explorar, sobretudo no que respeita a muitos aspectos da sua significação. Com efeito, nela se cruzam velhos mitos ou mitemas selecionados em função dos interesses da sociedade ou da cultura que os transpõe para os contos, (). A autora centrou o seu trabalho nas questões da metamorfose e da sua relação com a evolução maturativa porque, como é há muito sabido, a relação dos contos com a evolução maturativa das crianças e dos jovens é um dos pontos centrais da sua significação quer espelhando-a quer induzindo-a pelos conteúdos e exemplos que põe disposição das sociedades. Se os contos tradicionais são um repositório vivo das verdades em que a sociedade acredita ou cuja significação amplifica, por vezes ludicamente, e também uma indução da evolução psicológica das crianças e dos jovens (e que são os principais representados nestes contos, como a autora nota), esses contos vão ganhando a qualidade de "lugares" da identidade dessas sociedades e instrumentos rituais para a eficácia maturativa e identitária (do grupo e das pessoas)». [do Prefácio de Helder Godinho] ***************************************************************** «"O conto tradicional constitui¬ se como espaço privilegiado onde a imaginação e a realidade, o possível e o impossível ou improvável, muitas vezes designado como maravilhoso, estabelecem uma simbiose profunda, da qual nascem sentidos múltiplos e multiformes tais como os seres que o habitam. Por isso, pela natureza que o define e o torna singular entre as produções literárias, o conto tradicional prepara¬ nos antecipadamente para o encontro com a princesa e o príncipe, o sapateiro e a padeira, o lobo e o lobisomem, o sapo ou o cavalo ou ainda a gata, metamorfoseados seres cujas formas animais escondem uma natureza humana. De facto, entre os ogres e os monstros, as bruxas e as fadas ou outros seres fantásticos, metáforas da alteridade enquanto constante da relação entre os homens e da convivência social, surgem personagens que desempenham a função de heróis ou heroínas, muitas vezes sob a forma de príncipes e princesas, de meninos e meninas que, embora sendo figuras de papel produto da imaginação do contador/narrador, decalcam e partem do modelo que é o próprio homem. Neste sentido, uma pluralidade de seres metamorfoseados assume temporariamente uma forma animal, vegetal ou mineral ou então identidades, rostos e funções que escondem a verdade e a plurissignificação do ser. Por conseguinte, e face presença da metamorfose neste tipo de produções, coloca¬ se a questão da sua importância e do seu significado no conto quer como estratégia literária quer como metáfora simbólica. (...)» [De "IELTsando... pela 39.ª vez", de Ana Paula Guimarães]