ATÉ AS RUÍNAS PODEMOS AMAR NESTE LUGAR,Lembro-me muito bem do tal cantor basco,que costumava celebrar a chuva no verão,Não ligava quase nada para as conspirações,que recorrentemente se faziam ouvir,debaixo das arcadas noturnas da cidade,naquela época do intermezzo lunar,Foi já depois do fascismo, um pouco antes,da democracia enfaixada em magnólias,O cantor, as arcadas, o perfume e os disparos,me ensinaram que se deve aproveitar a época,de transição para destrinçar o brilho,As revoluções sempre foram o lugar certo,para a descoberta do sossego:,talvez porque nenhuma casa é segura,talvez porque nenhum corpo é seguro,ou talvez porque depois de encarar uma arma,finalmente possa ser possível entender,as múltiplas possibilidades de uma arma.,AVARANDADO,Quarta nota para,a manhã infinita:,Afinal o grande amor,Não garante nada mais,Do que as 12 graças,Desdobradas pelos,Corredores do mundo,Agora isso é mais,Do que suficiente,E apesar dos bofetões,Do tempo invertido,Apesar das visitas,Breves do pavor,A beleza é tudo,O que permanece