Em A Revolta de Beja são abordadas pelo autor, questões como o papel do PCP;a importância ou não do movimento de Beja na oposição ao regime ditatorial, que decidiu punir de forma exemplar os sublevados, para atemorizar qualquer outra veleidade de revolta;a relação de causa e efeito da tentativa revolucionária de Beja com os acontecimentos do ano de 1962, de intensa agitação social e estudantil. É uma escrita historiográfica, onde intervêm tanto o reconhecimento possibilitado pela própria memória do autor e a de outros, como o conhecimento informado e interpretativo, numa procura da verdade, sem recorrer a falsas neutralidades, mas decidindo ter uma opinião sobre o que sucedeu. Retira do esquecimento os participantes dos eventos passados que relata, distanciando-se deles através da sua própria interpretação, na procura da equidade e da justiça para com esses sujeitos da História.