A ocupação do território surge inevitavelmente de modo complexo e como resultado de múltiplas interacções e tensões. Esta investigação procurou compreender como é que se foi construindo o que é hoje a Cidade Universitária de Lisboa, no período que vai da formação da Universidade da capital (1911) até ao final dos anos 1940. Este objecto suscita a curiosidade por não se constituir como uma das peças que se colocam comummente nas estrelas da produção arquitectónica portuguesa do período do Estado Novo e por contrariar, deste modo, o que enquanto programa seria de prever. A suecessão de acontecimentos fantasmas e de realizações efectivas deixaram, até hoje, que se constituísse como um território escasso de solidez. O carácter hostil que este pedaço de Lisboa sempre apresentou encontra, no período em estudo, algumas das suas primeiras âncoras, motivações e justificações.