Se até há alguns anos as interpretações de inspiração marxista, com o ênfase que atribuíam às forças impessoais e à conflitualidade social, tendiam a imperar, o panorama é hoje substancialmente diferente. Ao procurarem elucidar as origens e as trajectórias das revoluções, os historiadores são agora muito mais sensíveis à autonomia do político, ao papel das ideias e das dinâmicas culturais, bem como ao impacto dos indivíduos, das contigências, e até do próprio acaso.