«Em meados do século XX, os leigos procura de absoluto aspiravam a abrir um caminho de santificação cristã que não conduzisse nem a um claustro, nem ao ativismo humanitário. Juliette Molland, militante empenhada da Ação Católica na sua Provença natal, respondeu em 1936 ao chamamento para a fundação na Igreja daquilo que ela designou por "uma ordem leiga". O seu encontro com Joseph-Marie Perrin, um jovem dominicano cego do convento de Marselha, permitiu-lhe dar corpo a esse projeto, que não deixou de ter de ser experimentado e de enfren-tar entraves devidos não só Segunda Guerra Mundial, mas também a fortes resistências ecle-siais. A jovem e o religioso, a que se juntaram pouco tempo depois outras jovens das mais diversas proveniências, acabariam, contudo, por conse-guir lançar as bases do que são hoje os institutos seculares, que foram reconhecidos oficialmente pelo Papa Pio XII em 1947, na constituição apos-tólica Provida Mater Ecclesia. Incentivado pela experiência mística de Juliette Molland e em resposta motivação das "Irmãzinhas de Santa Catarina de Siena", o dominicano havia de de-senvolver além disso uma espiritualidade do Batismo e uma ampla reflexão sobre o mistério da caridade que encontrariam eco tanto em Simone Weil como em Madeleine Delbrêl ou ain-da na família espiritual de Charles de Foucauld.» Monsenhor Benoît Rivière, bispo de Antun