A presente obra trata da configuração do trabalhador. Parte assim do princípio que o trabalho é objeto de uma construção - de um tornar-se - e não de uma essência - de um ser. Procuramos trazer à luz este tornar-se, compreendendo-o como parte de uma dinâmica mais lata: a sua inscrição nas mudanças do capitalismo ao longo da segunda metade do século XX, tendo como base de observação a sociedade portuguesa. A tentativa de produção daqueles que produzem é uma das características mais poderosas das sociedades atuais. Tal não significa, porém, que quem trabalha é uma obra inacabada.