Thierry Simões nasceu em Paris em 1968 e vive em Lisboa desde 1987. Estudou pintura na Ar.Co, onde é professor efectivo desde 2000. Sem data reúne os desenhos que teve em exposição na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, entre 22 de Junho e 21 de Setembro de 2013. «Quem desenha assim, procurando o desígnio puro das coisas, limita-se a ir até ao limiar do visível para aí receber o esquema de tal ou tal aparição. Ele, Thierry, chama a isso "o mistério". Ele diz que desenha para "absorver o mistério que está lá". Lá, nas coisas que pedem para ser desenhadas e que, no seu aparecer, não são compreendidas. Ele desenha para ver - e para dar a ver - o mistério: para o transmitir. Pois o mistério é uma transmissão, é algo que nos é dado: qualquer coisa (e há sempre qualquer coisa) que nos precede, que nos atravessa e que nós passamos a outrem. O desenho é o signo - in-significante, mas transmissível - do mistério.» [de «Nota sobre o desenho», de Tomás Maia] Revolucionários pindéricos que ouvem Charles Aznavour.»