O dia 10 de Maio de 1584 ficaria para sempre assinalado na história de Nisa. Diogo Dias Galiano encontrava-se na Horta das Caldeiras quando o vento norte lhe levou a notícia, no Santuário de Nossa Senhora da Graça esvaziara-se a vida de Frei Adão. Junto à Ermida de Nossa Senhora dos Prazeres encontrava-se o corpo de Adão Diniz coberto por um lençol de linhaça. Diogo Dias Galiano, abeirando-se do eremita nisense, retirou-lhe do dedo a jóia de Lázaro. Anos depois, Diogo viria a arrepender-se do que fizera, morreu inquietado por sonhos, vozes que lhe asseguravam que um dia a sua descendência, uma das mais nobres de Nisa, seria esconjurada, para sempre extinta. Chegava o século XIX, na rua do Espírito Santo [rua Júlio Basso], o solar dos Galianos era vendido, tombado e reerguido por José Maria Diniz Pancas, agora com mais glória e esplendor. Pancas viria a morrer poucos anos depois estaria aquele espaço amaldiçoado?