«... o Joaquim era uma personalidade solar que iluminava as vidas de quem estava à sua volta, mas as memórias acabam também por morrer com quem as transporta, porque o tempo passa e não perdoa. Se nada se fizesse para o lembrar e para perpetuar o registo da sua obra e do seu impacto decisivo na Música portuguesa - e mesmo ibérica - o seu nome acabaria por se desvanecer num limbo de vagas referências ocasionais. ... dos objectos inertes, das fontes documentais dispersas e dos testemunhos pessoais possíveis, o autor conseguiu resgatar do esquecimento e fixar de forma exemplar o perfil de um músico de excepção e reconstruir o seu processo de aprendizagem, os repertórios que cultivou, as redes de cumplicidades artísticas que foi construindo dentro e fora de Portugal, os múltiplos projectos que impulsionou, os discípulos que formou.» [Rui Vieira Nery (Prefácio desta obra)]