Livro de aforismos e paradoxos apresentados de uma forma irónica pelo autor que passeia o seu olhar pelo mundo e pelo comportamento humano. "Parece existir, portanto, por trás da escrita de Abrasivas, o culto de uma poética da condensação, fragmentária, alicerçada na elaboração do texto como experiência limite, que aposta na fractura e no sobressalto, mas também na contenção, no instantâneo, talvez mais próximo da ideia mítica da criatividade ingénua e espontânea. Daqui resulta, igualmente, a ligação próxima, quase umbilical, à tradição oral e/ou popular, na medida em que o aforismo (que caracteriza muitos dos textos compilados em Abrasivas), como "narrativa mínima" , encerra traços de uma filosofia ligada à contemplação do mundo e dos homens e obedece a um ritmo particular."