António Henriques da Silveira, figura destacada da ilustração portuguesa de Setecentos, tem sido, até hoje, injustamente ignorado. Nascido em pleno reinado joanino no seio de uma família burguesa em ascensão, adaptou-se facilmente ao rápido desenrolar de um dos períodos mais dinâmicos da nossa história, cujas diversas etapas a longevidade lhe permitiu percorrer. Além da memória publicada, deixou testemunhado o seu pensamento em diversos manuscritos referidos neste estudo, em textos dos quais apenas conhecemos o nome, e, porventura, ainda em mais trabalhos entretanto esquecidos ou destruídos pelo tempo. Entre os seus inéditos, destacam-se as Memorias Annaliticas da Villa de Estremoz.