Sob um céu que muda de semblante conforme as estações, decorre um tempo pesado, vivido em época não muito distante pelos naturais do sul do Alentejo a que se reportam as crónicas deste livro. Nelas há um propósito, não claramente explícito, de justificar atitudes e comportamentos das pessoas. A gente austera que aí se evoca, senhora de si, vertical , solidária, sobrevivendo num mar de terra que nunca lhe pertenceu, persiste no livro contrapondo ao dramatismo da existência uma ironia sem paralelo no epaço nacional.