Uma aura de mistério envolve o autor de Satyricon, aqui estudado na presunção de que se trata do Titus Petronius Niger, procônsul da Bitínia, cônsul em 62 da era cristã e árbitro das elegâncias da corte de Nero. A estranheza do seu viver, a exiguidade dos testemunhos que se lhe referem e o estado de mutilação do romance criam dificuldades tais de interpretação que quaisquer afirmações críticas estão sujeitas a caução. Mas o estudo do Satyricon não é por isso menos apaixonante.