Originalmente escrito como tese de doutorado, este livro propoe uma análise de uma questao frequentemente debatida entre os helenistas que se dedicam ao estudo das duas correntes céticas da Antiguidade, os chamados \"ceticismo pirronico\" e \"ceticismo academico\". Sem deixar de reconhecer as importantes diferenças entre as duas correntes, procura mostrar, mediante comentário das principais fontes, sobretudo a obra Academicos, de Cícero, que existem semelhanças profundas entre as duas correntes, semelhanças que chegam mesmo a se destacar, em face das diferenças. Defende que, assim como nos pirronicos, também na corrente cética academica encontra-se academica encontra-se de forma consistente a ideia de suspensao de juízo a respeito das teses dos filósofos dogmáticos, e que os filósofos céticos da Academia conseguiram elaborar um conceito de representaçao persuasiva que, sem compromete-los com qualquer afirmaçao dogmática sobre a realidade, proporciona-lhes um critério de conduta compatível com sua posiçao cética. Para compreender o significado desse conceito de representaçao apreensiva e sua originalidade, a análise procede a uma comparaçao com a ideia de subjetividade que caracteriza a Filosofia Moderna, sugerindo uma instigante e até surpreendente aproximaçao.