É justo que se pergunte: Por que recaiu a escolha no manuscrito 870, tendo a possibilidade de editar códices mais antigos? Entre as fontes manuscritas do rito bracarense ou que estão na sua origem, conservadas nos arquivos e bibliotecas públicas nacionais e estrangeiras, destaca-se, pelo seu interesse artístico, histórico e litúrgico, este manuscrito do Arquivo Distrital de Braga, peça fundamental para a história da liturgia naquela Arquidiocese. Os escassos estudos que a ele haviam sido dedicados têm méritos importantes, mas estão longe de responder cabalmente a todas as questões que se levantam: Quem terá sido o copista que produziu o ms. 870? Poderá admitir-se a colaboração de um decorador? Em que scriptorium? Será possível precisar a sua data? Em que circunstâncias foi construído e com que técnicas? A que tipo de liturgia se destinava? O presente estudo intenta, com rigor e exaustividade magistrais, alargar os horizontes para deixar este precioso documento falar «de si» e das suas «circunstâncias».