O presente ensaio aborda uma questão fulcral do devir colectivo das sociedades e dos povos africanos. Com um estudo original, o autor diverge da abordagem africanista desvelando que o fracasso da tentativa de construção do Estado em África é uma verdadeira tragédia, dado que a sobrevivência do Estado pós-colonial que daí resulta - que não é o menor dos paradoxos - se concretiza à custa do aniquilamento das capacidades de sobrevivência (forças produtivas), das capacidades de coesão (forças culturais), das capacidades de acção (forças de defesa) dos países cujo destino, infelizmente, tem a seu cargo.