«Foi no Café Restauração, entre o Chiado e o Teatro Nacional, para onde mais tarde, passávamos o tempo no resto do espectáculo, em convívio de camarins, aprendendo a ver o teatro por dentro, do avesso. Em duas horas de café, pensamos já entender a carpintaria cénica e resolvemos uma peça de duas figuras, masculina e feminina por textos automáticos separados, ex-quisit como compromisso e inquietação surrealista de época. Masculina a minha, um padre seco, assexuado e perseguido, o Kovaco. Uma fêmea erótica, destemperada, do Vespeira. Cenas marítimas, ar livre entre o assustador e o absurdo.» [Fernando Lemos]