Uma poesia límpida e simples, fresca e cândida como a sua autora, mas simultaneamente atenta e consciente sobre os passos que leva o mundo, uma poesia onde o leitor vislumbrará facilmente a criadora jovem por detrás da mesma. Revelando características de uma geração para quem os floreados artificiais de composição poética perderam interesse, sobrepostos pela expressão directa e franca do eu para o outro, Diário de uma vida pode ser lido precisamente como o diário de todo um tempo novo, de todo um modo de viver a idade fracturante da passagem para a idade maior, com o cada vez mais acentuado confronto entre o risco de perda e o desejo de manter a ilusão.