Entre 1820 e 1930, o piano foi uma presença constante na vida quotidiana madeirense. A partir do primeiro quartel do século XIX, começou a definir-se no Funchal uma cultura musical em redor do piano, constituída por: saraus privados e concertos públicos, em que a prática musical com piano era o motivo de entretenimento principal;um ensino musical exigente, no qual a mulher ganhou gradualmente protagonismo;um repertório centrado na música para canto e piano, em danças e em peças de cariz brilhante ou virtuoso;e um comércio de importação de pianos, primeiramente de Inglaterra e, numa fase posterior, principalmente da Alemanha. A partir da década de 1930, a prática amadora ao piano entra em declínio, devido à forte concorrência de novas tecnologias tais como os gramofones, a telefonia e o cinema.