Um texto tem cordas, que ressoam quando o lemos e preenchem os espaços entre nós e o horizonte - ou para além de qualquer horizonte. O que faz vibrar essas cordas, repercutidas nas instâncias materiais e imateriais que se distribuem pela unidade psicossomática que é cada um de nós, são sentimentos eles próprios vibrantes. A literatura ou inquieta ou não é literatura. Essa mesma inquietude, ressoando nos textos literários como um sopro, revela-se inesgotável nos seus diversos ritmos.