"A morte dos contos de tradição oral portuguesa não corresponde, como pode parecer, a uma sensibilidade que permite extravagâncias violentas, metamorfoses e revivescências num universo ingénuo e irracional, castigos que ignoram os direitos humanos e incitam requintes de malvadez." () "Pelo contrário, e talvez mais do que na vida real, a morte no conto de tradição oral faz sentido. E talvez também faça sentido não a esconder em nome de uma sensibilidade que preferiria esquecê-la, não a condenar ao desaparecimento através das suas actualizações, não permitir que desapareça das sessões de contos, das tertúlias, dos espectáculos, das adaptações literárias. Talvez esteja aí a sua pertinência: dar sentido a algo difícil de compreender."