Esoterismo e Hermetismo em António Telmo "Esotérico significa, por conseguinte, mais dentro´ e não digo mais interior´ porque a terminação -ior é desinência do comparativo latino. Interior significa propriamente mais dentro´ e essa palavra sim é que é sinónima de esotérico. Exotérico é o mesmo que mais fora´. Como é que foi possível opor exotérico a esotérico, quando, pelo contrário, um não pode existir sem o outro?" António Telmo O presente volume dos Cadernos de Filosofia Extravagante toma como ponto de partida o legado de António Telmo e o lugar que o esoterismo, o ocultismo e o hermetismo nele ocupam. A demanda de Telmo pode bem ser entendida como uma progressiva tomada de consciência da sua condição marrana, pelo autor aliás confessada em 2007, numa síntese de dois credos contrários, mas sentidos ambos como verdadeiros, e ambos harmoniosamente pensados, pela qual, de livro para livro, se desvela a gnose hebraico-portuguesa que, desde Sampaio Bruno e Álvaro Ribeiro, perpassa, como veio oculto, a tradição sófica nacional. É a esta luz que se deve estudar a sua concepção cabalística de uma hermenêutica peculiar, qual a que, da pedra à palavra, se concentra, iluminante, nos grandes documentos literários dos escritores, inspirados e doutrinados, pelos quais se cumpre Portugal. António Telmo, Pedro Martins, Renato Epifânio, Maurícia Teles da Silva, Luís Paixão, Eduardo Aroso, António Carlos Carvalho, Paulo Borges, João Carlos Raposo Nunes, Avelino de Sousa, Isabel Xavier, Fuas Paquim, Paulo Santos, Carlos Vargas, Pedro Sinde, Carlos Aurélio, Joaquim Domingues, Miguel Real, Ruy Ventura, António Cândido Franco, António Reis Marques, Teresa David, Jesus Carlos, Carminda Proença, Carlos Otero, Álvaro Ribeiro