Foi neste singular contexto que Alexandre Marques Pereira ganhou o concurso de arquitectura para a nova biblioteca na vila histórica de Sintra. O projecto incluía, além da remodelação de uma pequena "villa" novecentista, um extenso conjunto de equipamentos e serviços bibliotecários cuja volumetria excede necessariamente as dimensões domésticas da referida casa. Num gesto exemplar de civismo urbano, e resistindo à tentação de criar um novo "edifício-objecto" neste frágil contexto romântico, Marques Pereira optou por dissimular o edifício anexo adossando-o ao plano da rua e escalonando a sua volumetria numa série de recuados que culminam num delicado belvedere Loosiano.