A saúde sempre foi percepcionada e sentida como uma das componentes mais relevantes do bem-estar individual e colectivo. A sua importância é tal que, em 2000, a Organização das Nações Unidas a incorporou, explicitamente, em três dos oito «Objectivos de Desenvolvimento do Milénio» (ODM), a alcançar até 2015 A dilatação da esperança de vida tornou-se, (à), numa preocupação permanente das políticas públicas de saúde do Pós-Guerra. «Dar mais anos à vida» é mesmo um dos grandes lemas adoptados pela Organização Mundial de Saúde. Mas, obviamente, não bastará prolongar a vida, é também importante que os anos que se ganham sejam vividos com a melhor qualidade de vida possível, o que dá justificação a uma outra ideia de grande actualidade e pertinência que é a de «Dar mais vida aos anos». O livro, focalizado na questão dos indicadores utilizáveis para avaliar o estado de saúde de populações e territórios, não sem antes reflectir sobre os conceitos e fontes do estudo da saúde e, terminar com uma abordagem à problemática das desigualdades em saúde e sua correlação com as desigualdades do próprio processo de desenvolvimento, apresenta uma estrutura muito inteligível, uma linguagem de grande clareza e precisão e, sobretudo, revela-se de grande utilidade para todos os que, geógrafos ou não, académicos ou profissionais e decisores políticos, se interessem por uma das temáticas mais apaixonantes e decisivas do Milénio.