À medida que o final do século se aproxima, com maior nitidez e clareza se prevê a crise radical dos pressupostos das crenças sobre as quais se constrói a civilização em que vivemos. Este livro aborda o fundo de semelhante crise e aspira a desvendar a sua origem: aquilo que subrepticiamente a provoca. De facto, a sua acção e realidade tornam-se patentes ao ser detectada a total transmutação sofrida pelo logos que alimenta a racionalidade humana, como fruto de um processo adornado pelos agentes que mobilizam o avanço e desenvolvimento da ratio technica (...). Efectivamente, encontramo-nos na aurora de uma nova civilização, desconhecida e quase inexplorada, que promete ao homem a superação dos seus congénitos limites somato-psíquicos, mediante a invenção de uma nova racionalidade criada e construída pela sua própria ratio.