A ficção da realidade é resultado de um estudo de compreensão sociológica sobre um dos romances mais conhecidos e adaptados da literatura brasileira: O Guarani. Escrito e publicado por José de Alencar nos primeiros meses de 1857, o romance alcançou difusão e reconhecimento sem precedentes no mercado de cultura do país, inspirando a reprodução, em múltiplas formas e mídias, do mito indígena de Peri. Percorrendo as etapas de consagração do romance e do mito, Rodrigo Estramanho de Almeida empreende uma análise que busca identificar como o livro transformou a ficção em realidade, cristalizando uma ideia de Brasil que queremos, mas que não temos.