O primeiro épico psicodélico da língua portuguesa desde Luís de Camoes, a Josíada narra a epopeia do varao Josias à procura do centro da Criaçao dentro de uma mulher. Nessa jornada épica e beatnik, Josias irá se deparar com os mais antigos e mais contemporaneos arquétipos da cultura e literatura, como nos mais antológicos mitos de heróis que enfrentaram os mistérios escondidos nas versoes mais ancestrais da temível Vagina Dentada. Sexo, drogas, e música fazem parte dessa loucura, mas de uma forma absolutamente inédita na língua pátria. Dividida em tres cantos (Introitus, Eroica, e A Reproduçao do Kapital), a Josíada é também uma divertida viagem com a língua portuguesa, desrespeitando normas, distorcendo regras e misturando os registros - cultos, vulgares, simbólicos etc - compondo um ritmo marcado pelo que o autor batizou de "rima abestagliatta". Na Josíada, a língua portuguesa se faz porosa, permitindo-se a uma promíscua orgia com outras línguas, recriando palavras e significados, e definitivamente recusando qualquer limitaçao para a liberdade imaginativa. A obra conta ainda com ilustraçoes dos artistas paulistanos Paulo Augusto Arena e Claudio Wakahara, reproduzindo o clima da Josíada, numa mistura de temas e traços arquetípicos dentro da mais alta tradiçao de arte psicodélica.