O Brasil desenvolvimentista e a trajetória de Rômulo Almei

ISBN: 9786559660179
Colección HISTORIA
Autor: Alexandre de Freitas Barbosa
Editorial: ALAMEDA

Clase: LIBROS

Idioma: POR
Encuadernación: NULL
Páginas: 580
Plazo de entrega: 5 Días
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    Rômulo Almeida, personagem central dessa análise sobre o desenvolvimentismo no Brasil, foi o chefe da Assessoria Econômica da Presidência da República no emblemático segundo governo de Getúlio Vargas. Dessa assessoria nasceram as principais iniciativas voltadas para o desenvolvimento econômico que caracterizaram esse período, como a criação da Petrobrás, e que estabeleceram as bases para o desenvolvimento dos anos seguintes.Como muitos intelectuais da época, Rômulo formou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Bahia, antes de dedicar-se à economia e à administração pública. Em 1941, tornou-se diretor do Departamento de Geografia e Estatística do Território do Acre. Entre 1942 e 1943, foi professor substituto da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas do Rio de Janeiro. Em 1946, prestou assessoria à Comissão de Investigação Econômica e Social da Assembleia Nacional Constituinte, para em seguida estruturar o departamento econômico da Confederação Nacional de Indústria (CNI).Durante o segundo governo Vargas, liderou a elaboração de vários projetos: o que deu origem à Petrobras, as reformas do setor elétrico, a criação do BNDE (hoje BNDES), do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e da SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia). Muitas das iniciativas de desenvolvimento rural, regional e social, propostas pela Assessoria Econômica, não foram adiante, pois a coalizão de poder impedia a sua viabilização, o mesmo acontecendo com a sua proposta de reforma administrativa. Com o suicídio de Vargas, em 1954, Rômulo Almeida deixou o cargo que ocupava então, o de presidente do BNB, já com a intenção de concorrer a uma cadeira na Câmara Federal, mantendo-se ativo na vida política.Decifrar os episódios e os sentidos da trajetória de Rômulo Almeida foi o desafio enfrentado pelo historiador e economista Alexandre de Freitas em sua obra. Parte da história de Rômulo, bem como de tantos outros dedicados servidores públicos, e do projeto de desenvolvimento que ele representou tende, até pelo caráter dos personagens envolvidos, a se perder. Daí a necessidade de centrar o foco no papel e na visão de mundo desta ca¡mada de pensadores profissionais do planejamento, que ocu¡param posições estratégicas no apa¡rato estatal entre os anos 1940 e 1960. Junto com a história de Rômulo Almeida, caminham pares que, em determinado momento, foram nomeados em grupo como os \"boêmios cívicos\", caso de Ignácio Rangel, Jesus Soares Pereira e Cleanto de Paiva Leite. E os técnicos e intelectuais do setor público como Celso Furtado, Roberto Campos, Lucas Lopes, San Tiago Dantas, Hélio Jaguaribe e Guerreiro Ramos, que ajudaram a remodelar o Estado brasileiro, em diálogo tenso e intenso com os \"intelectuais críticos da academia\", especialmente os sociólogos liderados por Florestan Fernandes, os \"intelectuais independentes\", como Caio Prado Jr. e Mário Pedrosa, e os \"intelectuais das classes populares\" que entram em cena nos anos 1960.A partir da história do economista baiano Rômulo Almeida, vemos em movimento todo um grupo de grandes nomes, que ocupavam uma posição social geralmente subestimada pela literatura sobre o período: a dos \"intelectuais orgânicos do Estado\", que forjaram um projeto-interpretação-utopia de desenvolvimento nacional.